O fruto que a terra há de produzir
Será abundante, em generosidade.
E a chuva virá, suave, para o grão,
Fazendo brotar arroios de águas cristalinas,
Cortando os penhascos com suavidade.
Haverá fartura em cada canto.
Verás o fim das trevas que te cercaram,
E os teus olhos contemplarão o que é precioso,
Como o topázio da Etiópia,
E o cristal mais puro que existe.
Há terras cujas pedras são safiras,
E os torrões se transformam em grãos de ouro.
Onde a ave se esqueceu da sua rota,
E o olho do abutre, perdido, não a viu.
Colorida, radiante como a tinta mais viva,
Como as cores da Índia, intensas e vibrantes.
A luz da tua lua será como a luz do sol,
E a luz do teu sol, um brilho de sete dias juntos,
Sem obstáculos, como a clareza em meio a uma tempestade solar.
Tu deixarás de chorar,
Não mais receberás o pão da angústia,
Nem a água amarga da tribulação.