Entre o Rio e o Mar
Vinha caminhando devagar,
com os pés descalços tocando a areia morna.
e as Havaianas pequeninas balançando nas mãos.
O corpo era sol,
E o olhar uma promessa.
Ela se aproximou devagar,
o coração batendo no mesmo ritmo lento das águas.
Deu-lhe a mão — firme, segura, sem medo.
E os dois ficaram ali, de mãos dadas,
com os pés mergulhados na doçura morna do rio
que se entregava ao mar.
O mundo ao redor parecia suspenso.
A única coisa que se movia
eram peixinhos dançando na água,
O amor silencioso,
fluindo entre dedos e almas.
Na foz tranquila de Subaúma,
Não havia ondas.
Mas havia encontro. Mais forte e
profundo que o oceano.