O valor do perdão

A sensação sublime que o perdão trás é indescritível.

O perdão é difícil de externar de dizer e de escrever.
Parece sim difícil dizer: Eu vim aqui lhe pedir perdão. Por coisas que fiz e coisas que pensei fazer para lhe prejudicar ou prejudicar a sua família. Por coisas que não fiz e que não pensei fazer e mesmo assim você acreditou que eu estivesse feito. Não importa a razão do pedir perdão.

O perdão para quem pede, parece antes de ser dito, que será penoso dolorido. É sim, penoso. Não tanto quanto pensamos ser, mas ainda assim o é.

A natureza humana tenta sempre ser superior e forte. O perdão abaixa a cabeça. É a admissão de: Eu errei. É também uma grandiosa prova de amor que podemos dar ao próximo e consequentemente ao Pai.

Quem pede perdão, se sente só, quase sempre sem resposta. Se é difícil pedir perdão, parece ainda mais difícil ser perdoada. Alguns dizem que perdoam, mas o coração tem amargura. Há que perdoam mesmo antes do pedido, e isso é sublime.

O perdão alivia a alma. Depois do pedido há desistência da luta e um imenso vazio. Restando apenas pedras no coração. Este coração cheio de pedras tem solo fértil quando revolvido. Abrigará novas sementes e gerará frutos adocicados, que por sua vez gerará novos frutos em solo já amolecido pelo poder da maternidade do novo fruto.

Será de bom grado para crianças inocentes existentes e para novos filhos que virão em breve.

Que sejam muito bem vindos e muito amados.

Perdoa-me.

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